Os último Samurais Japoneses em imagens coloridas, 1860-1900

 

Os trajes samurais estão intimamente ligados a cultura japonesa, aos Animes e aos Cosplays por isso traremos artigos aqui no site falando um pouco sobre a cultura japonesa e a vestimentas icônicas como essas que trazemos nesse texto.

Os samurais eram uma classe de pessoas que serviam a aristocracia com armas. A palavra apareceu pela primeira vez em um documento do período Heian; antes dessa época, essas pessoas eram chamadas de mono-no-fu ou bushi . Mono significa 'coisa' e fu significa 'homem'; isto é, homens que lidam com coisas – 'coisas' neste caso significando armas.

A palavra bushi significa “homem de armas”. Outro documento do período Heian, listando várias profissões, inclui o bushi junto com outros especialistas, como homens de letras, médicos, cantores, dançarinos e outros.

Como vários estudos apontaram, eles não eram proprietários de terras nem fazendeiros armados; desde o início, eles foram guerreiros profissionais. Eles eram os lacaios bem pagos dos daimyo (os grandes proprietários de terras feudais). Eles tinham alto prestígio e privilégios especiais, como usar duas espadas.

Os guerreiros samurais vivem de acordo com o Bushido, um código de comportamento que abrange quase todas as áreas da vida. Bushido exigia que um samurai mostrasse absoluta lealdade e obediência a seu senhor. Ele deve enfrentar alegremente o perigo, até mesmo a morte, no cumprimento de seus deveres.

O Hagakure, uma coleção de escritos do século XVIII sobre Bushido, proclama: “O caminho do Samurai é a morte… Quando um samurai está constantemente preparado para a morte, ele… pode infalivelmente devotar sua vida ao serviço de seu senhor.”

O samurai que falhou com seu senhor sofreu uma desonra pior que a morte. Só havia uma maneira de apagar a desgraça. O samurai deve cometer seppuku, às vezes chamado de hara-kiri, ou “sentado na barriga”. Nesta forma terrivelmente dolorosa de suicídio, o samurai desonrado usou uma espada curta para abrir sua barriga e liberar seu espírito.

Bushido exigia que os samurais vivessem vidas puras e simples. Eles devem mostrar dignidade, respeito e confiança silenciosa. O samurai ideal sabia a maneira correta de andar, curvar-se, segurar seus pauzinhos, remover as cabeças dos inimigos na batalha e exibi-los depois.

Ele conhecia o valor da honestidade. “Nunca diga uma única palavra de falsidade ou mesmo metade dela”, aconselhou o senhor da guerra samurai Hojo Soun nos anos 1400.

Soun também aconselhou seus seguidores samurais a estudar poesia, leitura e escrita. “Segure as habilidades literárias na mão esquerda”, escreveu ele, “as habilidades marciais [guerras] na direita. Esta é a lei desde os tempos antigos.”

O samurai arranjava casamentos, que eram arranjados por um intermediário do mesmo nível ou superior. Enquanto para os samurais dos escalões superiores isso era uma necessidade (já que a maioria tinha poucas oportunidades de conhecer mulheres), isso era uma formalidade para os samurais de escalão inferior.

A maioria dos samurais se casou com mulheres de uma família samurai, mas para os samurais de nível inferior, os casamentos com plebeus eram permitidos. Nesses casamentos, um dote era trazido pela mulher e utilizado para constituir a nova casa do casal.

Um samurai poderia ter concubinas, mas seus antecedentes eram verificados por samurais de alto escalão. Em muitos casos, tomar uma concubina era semelhante a um casamento. Raptar uma concubina, embora comum na ficção, teria sido vergonhoso, senão criminoso.

Durante a Era Tokugawa (1603-1868), muitos samurais começaram a ser mais burocratas do que guerreiros. Sem nenhuma guerra ou conflito por mais de cem anos, os samurais estavam começando a perder seu propósito original de lutar.

Eventualmente, o imperador Meiji removeu muitos dos privilégios que os samurais desfrutavam durante todos esses séculos. Eles foram demitidos como o único exército do Japão e foram substituídos por um exército baseado em recrutamento de estilo ocidental. Samurai perdeu muitas de suas posições sociais e perdeu o direito exclusivo de portar espadas ou atacar plebeus por desrespeito.

Muitos samurais acabaram entrando para o exército ou, como poucos alfabetizados no Japão, tornaram-se funcionários públicos, ou estudaram no exterior e se tornaram a elite acadêmica. No entanto, após o fim da Restauração Meiji, o samurai havia caído oficialmente e não mais controlava exclusivamente o cenário militar e político do Japão.