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Toda cidade tem seu primeiro Médico, Dentista, Professor e curiosamente através de algumas pesquisas encontrei o primeiro registro de roubo envolvendo um morador da cidade, até então bairro pertencente a São Bernardo.

Refere-se  o Diário de Santos de ontem, 31 de agosto de 1884

Na noite de 28 para 29 foi roubada a loja do senhor João Alves Teixeira, estabelecido  na rua de São Leopoldo.

De manhã ao chegar á loja o sr. Teixeira encontrou uma das portas abertas e imediatamente deu pela falta de muitos tecidos, guarda chuvas, roupas feitas e de cerca de 400$, que estavam em uma gaveta que foi arrombada.

Supõe-se que os ladrões esconderam-se na própria loja e muito depois a seu sabor fizeram a limpa, pois que a porta que encontrou-se aberta não tinha vestigios de ter sido forçada.

dirigindo-se a estação da estrada de ferro o sr.Teixeira soube que embarcara-se no trem da manhã um individuo que fez despachar um grande baú sendo porém que o bilhete da passagem foi comprado por seu companheiro que também despachou o tal baú.

Sabe-se que o viajante tendo passagem para São Paulo, desembarcou na Estação do Pilar e no baú apreendido pela polícia em São Paulo encontraram-se os tecidos.

Entretanto pelo avultado número de tecidos e outros objetos subtraidos que não podiam acondicionar-se em uma só mala, conclue-se que houve partilha aqui e a polícia procura o companheiro que na estação comprou o bilhete para o que partiu. Sim, este cavalheiro que apareça para nos dizer se não foi por equivoco que levaram da casa do sr. Teixeira objetos no valor de 6:00$000.

A vista da insignificância do valor houve equivoco.
Com certeza está havendo algum engano nisso tudo, parece até um sonho.
Conta-nos que, em um quarto, na rua do Marquez de Herval, foram encontradas algumas fazendas roubadas.
O segundo "freguês" da loja é que não apareceu ainda, mas não deve estar muito longe.

Correio Paulistano, Domingo, 31 de agosto de 1884  

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