Olá! Sou o quadrininsta Lexy Soares. Todos os anos, eu gosto de fazer uma lista com os melhores quadrinhos que li, lançados no ano que passou. Geralmente, posto em meu blog. Mas a partir deste ano, postarei aqui no ABC GEEK.
Minha proposta não é criar uma lista definitiva, nem tentar mandar no gosto de leitura de ninguém. Mas veja essa lista como sugestões de leitura, caso você não tenha tido a oportunidade de ter lido alguma das obras citadas.
Segue abaixo a lista. Se gostou das indicações, compartilhe.
10 – BLACK HAMMER – VOL 4 – A ERA DA DESTRUIÇÃO
O final da saga dos super heróis presos em um mundo que não os conhece conseguiu subverter as expectativas dos leitores (e vi muita gente reclamando disso), ao colocar uma explicação que brinca com os clichês do gênero, mas Jeff Lemire manteve o clima envolvente, sem destoar da trama.
9 – PENADINHO LAR
Ao fazer uma história onde todos os personagens tem o mesmo protagonismo que o Penadinho, em um enredo baseado em problemas sociais, a história ganha o leitor justamente por ser diferente da primeira Graphic, e ainda tocante, mas de outra forma.
8 – MISS DAVIS
A biografia de uma das maiores militantes do movimento negro é contada sem grandes inovações de linguagem, mas ao misturar estilos (principalmente nos desenhos), consegue ser dinâmica e envolvente. E contar através de outros personagens nos coloca como se estivéssemos presente aos acontecimentos.
7 – PROJETO HIBAKUSHA
Um documentário em quadrinhos, muito bem executado. Cada capítulo conseguiu nos transportar para o local onde os depoimentos estão narrando. Impossível não ficar tocado com as histórias aqui contidas.
6 – SHERLOCK TIME
Comecei a ler pensando que seria um gibi datado, por ter sido escrito nos anos 1950. Ledo engano! As tramas são criativas, e tem vários elementos que foram usados em outros filmes e séries de sci-fi que vieram depois, e são bem escritas e desenhadas, nos envolvendo na aura de mistério de cada um dos capítulos do álbum. Ao final, dá vontade de ler mais.
5 – ASSALTO AO ÚTERO
Ótima HQ independente que mostra uma mulher catadora de recicláveis nos anos 1990, que tem sua filha roubada ao nascer. Um problema social que todos já ouviram um caso igual. E, ao narrar de forma pessoal através de personagens muito bem caracterizados, os autores nos brindam com uma história curta, mas com muito conteúdo. Imperdível!
4 – DEMENTIA 21
Aparentemente, este é um mangá de humor. Mas as histórias aqui são de um humor tão absurdo que nos causa mais estranheza do que risos. E nisso se encontra o toque genial do autor. Cada capítulo é um dia na vida e um trabalho diferente de uma cuidadora de idosos passando por um perrengue diferente, tais como dentaduras com vida própria, um Ultraman idoso com Alzheimer, uma casa onde a quantidade de idosos se multiplica, etc.
3 – HISTÓRIAS BRILHANTES
Alan Moore é genial tanto em suas histórias curtas quanto nas longas graphic novels. Este álbum reúne várias dessas HQs, publicada em revistas variadas desde os anos 1980. E, além de mostrarem como o autor consegue colocar conteúdo (e crítica) em poucas páginas, há ensaios contextualizando as histórias, aumentando ainda mais o conteúdo das tramas. E uma HQ mais interessante que a outra.
2 – REANIMATOR
Sou suspeito em falar do Juscelino Neco, pois tenho todos os trabalhos dele. E este aqui é um dos melhores que ele já fez. Uma adaptação do conto e filme baseados em H.P. Lovecraft, mas com animais antropomorfizados, e com os dois pés na jaca no sexo explícito, a trama é uma sátira da história original, com um humor negro misturado ao terror de uma forma orgânica e genial. Impossível largar o gibi antes de ler numa tacada só.
1 – FALA, MARIA
Um dos gibis mais tocantes do ano, esta graphic é uma autobiografia do autor, Berf, sobre sua filha que é autista. Como foi o processo desde o nascimento dela, a descoberta da condição, a adaptação à essa situação, a compreensão e aceitação, enfim, tudo pelo ele passou. E o melhor é que ele não carrega no drama, sendo até bem leve em todos os momentos. E a sinceridade dele nos aproxima da situação, nos colocamos no lugar dele enquanto estamos lendo.
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